Vista da frente.-----.A obra, de gênero natureza-morta, representa um vaso com flores de diversas cores e espécies...O jarro aparentemente de porcelana é composto por padrões decorativos florais em tons de branco, amarelo, verde e azul - variações cromáticas tÃpicas das antigas faianças italianas renascentistas...A profusão de cores e variedade de espécies das flores contidas no vaso de porcelana chamam a atenção: há desde tÃmidos delfinos azuis e liláses e frésias amarelas a cravÃneas em tons de rosa e vermelho. Destaca-se no quadrante centro-direita um crisântemo de cor branca, que parece atrair o olhar do observador...No quadrante inferior direito consta a assinatura "Anita Malfatti" em cor preta.....Filha do engenheiro italiano Samuele Malfatti e de mãe norte-americana Betty Krug,[1] Anita Malfatti nasceu no ano de 1889, apenas 17 dias depois de proclamada a República, na cidade de São Paulo.[2] Segunda filha do casal, nasceu com atrofia no braço e na mão direita. Aos três anos de idade foi levada pelos pais à cidade de Lucca, na Itália, na esperança de corrigir o defeito congênito. Os resultados do tratamento médico não foram animadores e Anita teve que carregar essa deficiência pelo resto da sua vida. Voltando ao Brasil, teve à sua disposição Miss Browne, que a ajudou no desenvolvimento do uso da escrita e no aprendizado do desenho com a mão esquerda. Essa Miss Browne deve ter sido a educadora norte-americana Márcia P. Browne que assessorou Caetano de Campos na reforma que empreendeu no ensino primário e normal em São Paulo, nos primórdios da República. Miss Browne organizou e foi a primeira diretora da Escola Modelo anexa à Escola Normal [3] .