A obra apresenta uma figura feminina segurando um pequeno guarda-chuva azul, símbolo do ritmo musical pernambucano denominado Frevo.
Pelos movimentos de seu corpo agachado e suas pernas - enquanto uma está dobrada a outra está esticada - é possível determinar que a figura está dançando o ritmo pernambucano que dá título à obra.
As pinceladas curtas e rápidas que caracterizam sua fisionomia e seus cabelos reforçam a impressão de que a figura está em movimento.
O que prevalece na cena é a sensualidade da dança através do movimento de corpo e do traje da figura, um vestido sem mangas de cor vermelha, cuja alça direita cai ligeiramente sobre o braço.
No quadrante inferior direito é possível identificar a assinatura: "Teruz 1979".
Orlando Rabello Teruz (Rio de Janeiro, 18 de agosto de 1902 — Rio de Janeiro, 17 de agosto de 1984) foi um pintor e professor brasileiro. Estudou na Escola Nacional de Belas Artes entre 1920 e 1923, com João Batista da Costa e Rodolfo Chambelland. Em 1934 recebeu o prêmio de viagem ao estrangeiro, mas por problemas burocráticos só foi usufruí-lo em 1939. Viajou para França, Holanda e Itália, mas foi obrigado a retornar ao Brasil devido à deflagração da segunda guerra mundial.
Em meados de 1950 foi professor de pintura no Instituto de Belas Artes da Guanabara. Na década de 1970, iniciou com a família a formação de seu museu particular, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Realizou diversas exposições individuais, no Brasil e no exterior, e participou da 1ª e 2ª Bienais Internacionais de São Paulo, em 1951 e 1953.
Postumamente, suas obras participam do evento Tradição e Ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras, na Fundação Bienal, em 1984.