A obra aparentemente retrata um rito indígena.
No quadrante direito observa-se a figura de um índio, com túnica branca, cocar de penas sobre a cabeça e o rosto coberto, provavelmente, por urucum (tinta vermelha usada em rituais indígenas) em um gesto de reverência à duas figuras que se encontram no centro da cena. À direita nota-se uma figura feminina coberta da cabeça aos pés com trajes em tonalidades que variam entre o branco e o rosa. Ao seu lado, mantém-se de pé um figura com trajes de palha com detalhes em branco; no rosto nota-se uma espécie de máscara.
Ao fundo, no quadrante esquerdo, nota-se a penumbra de outro índio, do qual só é possível identificar parte do cocar de penas e a túnica branca semelhante a do primeiro.
A cena ocorre em um ambiente externo, onde é possível identificar o solo terroso e seco, quase desértico, em contraste com um límpido céu azul.
Não é possível determinar o tipo de ritual retratado, porém é muito provável que o rito seja de cunho religioso.
Emiliano Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Melo, mais conhecido como Di Cavalcanti (Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1897 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1976) foi um pintor modernista, desenhista, ilustrador, muralista e caricaturista brasileiro. Sua arte contribuiu significativamente para a distinção da arte brasileira e entre outros movimentos da época com suas reconhecidas cores vibrantes, formas sinuosas e temas tipicamente brasileiros como carnaval, mulatas e tropicalismos em geral.
Di Cavalcanti é juntamente com outros grandes nomes da pintura, como Anita Malfatti, Tarsila do Amaral [1] , Graça Aranha um dos mais ilustres representantes do modernismo brasileiro.
en