Obra de gênero paisagem marítima.
Em primeiro plano observa-se uma estreita faixa de areia, onde encontram-se seis figuras de pé, voltadas para o mar.
No quadrante inferior esquerdo é possível ver parte de um barco composto por duas figuras.
No centro da tela chama a atenção uma embarcação de maior porte, com velas brancas içadas e algumas figuras humanas.
À direita da tela, outro pequeno barco, também ocupado por figuras humanas, parece seguir em direção ao mar.
Ao longo do mar, em direção ao fundo da cena, pinceladas brancas na vertical presumem ser as velas de outras pequenas embarcações.
Com exceção das figuras representadas na faixa de areia, todos os elementos são refletidos nos tons de azul da água do mar.
Ao fundo, uma ligeira linha horizontal demarca a divisão entre o mar e o céu, ambos demarcados por tons de azul e branco.
No geral, a pintura é composta por pinceladas bruscas e pontos de cor, principalmente em tons de branco, dificultando, assim, uma maior precisão de detalhes.
Vincenzo Cencin (Veneza, Itália 1925 - São Paulo SP 2010). Pintor e engenheiro. Forma-se engenheiro eletro-mecânico na Itália. Inicia-se na pintura sob a orientação de Francescchini em 1941 na cidade de Tolmezzo. Durante a Segunda Guerra Mundial enfrenta os fascistas e é preso por alemães, ficando um ano e meio em um campo de concentração. Terminada a guerra emigra para o Brasil, fixando residência em São Paulo em 1949. No Brasil, torna-se sócio efetivo da Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro. Nos anos 1950, 1960 e 1970, sem abandonar a pintura, trabalha como engenheiro eletrônico numa indústria de eletrodomésticos de São Paulo. Em 1980 aposenta-se para dedicar-se somente à pintura, montando em 1981 a Galeria Velha Europa. Em 1992 realiza-se exposição comemorativa dos 50 anos de sua pintura na Galeria Grossman em São Paulo.
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